Para os que adoram games antigos

sábado, 29 de novembro de 2014

A História dos Consoles de Mesa #9 - A Ascensão de um Deus dos Games

Iaaaaaaaêêêêê galeraaaaaa!!! Fiquem aí com o novo capítulo!!!
Capítulo anterior: A História dos Consoles de Mesa #8 - O Crash de 83

A Ascensão de um Deus dos Games



Enquanto a indústria de games estava morta nos Estados Unidos, no Japão ela parecia cada vez mais viva. Uma das maiores empresas que lá atuava era a Nintendo, a responsável pelo clone japonês do Pong dos anos 70. Tentando ingressar no mercado ocidental, em 1980, criaram um jogo de arcade em que você controlava uma nave e destruía outras que vinham em sua direção, chamado Radar Scope, porém o game foi um fracasso. E foi com esse fracasso que o rei dos vídeo games surgiu.



Hiroshi Yamauchi, o presidente da Nintendo na época (e também o homem mais rico do Japão até o seu falecimento em 2013) chamou o Shigeru Myamoto para criar um jogo que atraísse os consumidores, porém, Miyamoto não sabia programar, mas em compensação tinha uma grande criatividade, e após uma pesquisa de mercado, notou que as pessoas gostavam de jogar com personagens.





E então,com essa teoria, junta à sua criatividade e mais dois programadores, em 1981, lançaram o Donkey Kong, o qual fez tanto sucesso que rendeu duas continuações, além do game Mario Bros lançado em 1983 que aproveitava o sucesso do protagonista de Donkey Kong e trazia o seu próprio game. Todos esses, feitos por Miyamoto.



Após todo esse sucesso, a Nintendo, mesmo tendo visto o fracasso que estava sendo o mercado de games americano, lançou no Japão, ainda em 1983, o Famicom (abreviação de Family Computer, que significa Computador Familiar), um novo console, o qual estava muito mais a frente do Atari, com muito mais potência, 
uma maior palheta de cores, e era um console de 8-bits (quanto mais bits, mais memória, e quanto mais memória, mais complexos e bonitos eram os jogos). Foi também o responsável pelos Joysticks que conhecemos hoje, com uma cruz do lado esquerdo onde você movia o personagem, os botões select e start, e mais dois botões de ação.

O sucesso do Famicom já era esperado, estima-se que ele tenha vendido cerca de 60 milhões de unidades, o dobro do Atari. Mas a Nintendo tinha grandes ambições e queria lançar o console no mercado ocidental, o que seria um grande desafio, pois como o mercado ainda estava muito saturado, quase nenhum varejista queria comprar um console para vender, já que após o Crash de 83, os consumidores tinham perdido a vontade de jogar em consoles pela má qualidade dos games.

Foi aí que a Nintendo cumpriu três passos para transformar o Famicom em um console de sucesso nos Estados Unidos. O primeiro foi mudar o nome e design do console, que deixou de ter a aparência de brinquedo para se tornar um produto mais “High-Tech”, e de Family Computer passou a se chamar NES, uma sigla para “Nintendo Entertainment System” (Sistema de Entretenimento Nintendo).


O segundo foi a inclusão de periféricos, o console vinha com um robô chamado “R.O.B.” e uma pistola de nome “Zapper”, ambos serviam para jogar jogos específicos. E o 3º foi incluir um jogo na própria caixa do console, que no caso era o Super Mario Bros., desenvolvido pelo Miyamoto especialmente para a entrada no ocidente.




Com isso, apesar de toda a dificuldade, o NES chamou muita atenção e atraiu não só os gamers, como também pessoas que buscavam um tipo de entretenimento caseiro alternativo. O sucesso de Super Mario Bros. fez a Nintendo adotar o Mario como mascote da empresa, gerando assim outras duas continuações para o game, sendo que a primeira foi a mais vendida, não só da série, mais do console, pois vendeu cerca de 40 milhões de unidades, algo que já é absurdo para hoje e nos anos 80 era ainda mais impressionante.




Com o tempo a Nintendo foi lançando vários outros jogos de sucesso, e quase todos com a produção de Miyamoto, como The Legend of Zelda, Metroid e Excite Bike, trazendo assim uma maior popularização do NES, o que trazia de volta a atenção das Third-Parties (empresas que fazem jogos para uma plataforma ser serem pagas para isso), que em sua maioria estavam na área dos fliperamas, a fazerem jogos para o NES, trazendo assim franquias de renome, como Contra, Megaman, Castlevania e Final Fantasy.



Para impedir o fracasso que houve em 1983 com a enxurrada de jogos ruins, criou o “Selo de Qualidade Nintendo”, um selo que a própria Nintendo dava a jogos que passavam pelo seu teste de qualidade, ou seja, jogos ruins não tinham esse selo, e, por isso não vendiam muito, motivando, assim, a uma produção de jogos com qualidade.



Sabendo que todo esse sucesso motivaria outras empresas a criarem seus próprios consoles, a Nintendo fechou acordo com todas as Third-Parties de mais sucesso para que elas virassem Second-Parties, ou seja, lançassem seus jogos exclusivamente para seus consoles, como a Capcom e a Konami.

E com isso o mercado foi ressuscitado pela Nintendo, e, principalmente pelo deus dos games, Shigeru Miyamoto.


“Eu gosto de criar tendências, não segui-las” (Shigeru Miyamoto)



Tchau galeraaaaaa!!!!

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