Para os que adoram games antigos

domingo, 30 de novembro de 2014

A História dos Consoles de Mesa #10 - A Chegada de uma Concorrente

Iaaaaaaaaêêêêê galeraaaa!!! Fiquem aí com mais um capítulo do meu TCC!!!!
Capítulo anterior: A História dos Consoles de Mesa #9 - A Ascensão de um Deus dos Games

A Chegada de uma Concorrente

Com a popularização no NES e o ressurgimento do mercado de games, várias outras empresas começaram a criar consoles ou cloná-los (como o Phanthom System e o Polystation, ambos clones do NES que fizeram muito sucesso no Brasil, já que a Nintendo só disponibilizou-o em 1993). Até a Atari voltou a produzir consoles, no caso, o Atari 5200, mas não fez sucesso, pois o NES tinha quase todo o mercado sobre seu controle.



Porém, um se destacou, tendo um sucesso bem grande para um console que não levava uma marca poderosa em seu nome. O Master System feito pela Sega, e lançado em 1985, apesar de ser o segundo console da empresa é considerado como o primeiro, já que o console que estreou a Sega no mercado foi o Sega Sg-1000, o qual foi lançado durante o Crash de 83 e não teve reconhecimento devido ao mercado saturado e o monopólio da Atari.



O Master System teve grandes dificuldades de se firmar no mercado, não só porque tinha que competir com a Nintendo, mas também porque a maioria das Third-Parties tinha acordos de exclusividade com a Nintendo, fazendo assim a Sega produzir First-Parties (jogos criados por empresas para seus próprios consoles).

Alex Kidd



Isso gerou ótimos jogos, como Shinobi e Alex Kidd (o mascote da Sega na época). E um dos atrativos criado pela Sega foi um óculos 3D que vinha no console, claro que não tinha a tecnologia de hoje, mas chamava muito atenção na época.






O console sofreu grandes influências da Nintendo, como o formato do controle (cruz, select, start e dois botões de ação), a pistola Zapper (que na sua versão para Master System chamava-se Light Phaser) e o selo de qualidade SEGA.


Sobre o controle deve-se observar que o select e o start foram adicionados depois do lançamento do console, em uma versão melhorada e mais barata, pois o console original tinha esses botões no próprio console, causando incômodos na hora de jogar.

Esse foi o console com maior sucesso no Brasil na 3ª Geração, pois, diferente da Nintendo, foi distribuído oficialmente no Brasil poucos anos após o lançamento nos principais mercados. Aqui ele foi lançado em 1989 e distribuído pela TecToy, inclusive tinha jogos nacionais, como “Mônica no Castelo do Dragão”, fazendo bastante sucesso no Brasil e transformando o país no 2º com mais Master Systems vendidos.

Comerciais brasileiros do Master System:



Assim termina a 3ª Geração de Consoles.

Tchau galeraaaaaaa!!!!

sábado, 29 de novembro de 2014

A História dos Consoles de Mesa #9 - A Ascensão de um Deus dos Games

Iaaaaaaaêêêêê galeraaaaaa!!! Fiquem aí com o novo capítulo!!!
Capítulo anterior: A História dos Consoles de Mesa #8 - O Crash de 83

A Ascensão de um Deus dos Games



Enquanto a indústria de games estava morta nos Estados Unidos, no Japão ela parecia cada vez mais viva. Uma das maiores empresas que lá atuava era a Nintendo, a responsável pelo clone japonês do Pong dos anos 70. Tentando ingressar no mercado ocidental, em 1980, criaram um jogo de arcade em que você controlava uma nave e destruía outras que vinham em sua direção, chamado Radar Scope, porém o game foi um fracasso. E foi com esse fracasso que o rei dos vídeo games surgiu.



Hiroshi Yamauchi, o presidente da Nintendo na época (e também o homem mais rico do Japão até o seu falecimento em 2013) chamou o Shigeru Myamoto para criar um jogo que atraísse os consumidores, porém, Miyamoto não sabia programar, mas em compensação tinha uma grande criatividade, e após uma pesquisa de mercado, notou que as pessoas gostavam de jogar com personagens.





E então,com essa teoria, junta à sua criatividade e mais dois programadores, em 1981, lançaram o Donkey Kong, o qual fez tanto sucesso que rendeu duas continuações, além do game Mario Bros lançado em 1983 que aproveitava o sucesso do protagonista de Donkey Kong e trazia o seu próprio game. Todos esses, feitos por Miyamoto.



Após todo esse sucesso, a Nintendo, mesmo tendo visto o fracasso que estava sendo o mercado de games americano, lançou no Japão, ainda em 1983, o Famicom (abreviação de Family Computer, que significa Computador Familiar), um novo console, o qual estava muito mais a frente do Atari, com muito mais potência, 
uma maior palheta de cores, e era um console de 8-bits (quanto mais bits, mais memória, e quanto mais memória, mais complexos e bonitos eram os jogos). Foi também o responsável pelos Joysticks que conhecemos hoje, com uma cruz do lado esquerdo onde você movia o personagem, os botões select e start, e mais dois botões de ação.

O sucesso do Famicom já era esperado, estima-se que ele tenha vendido cerca de 60 milhões de unidades, o dobro do Atari. Mas a Nintendo tinha grandes ambições e queria lançar o console no mercado ocidental, o que seria um grande desafio, pois como o mercado ainda estava muito saturado, quase nenhum varejista queria comprar um console para vender, já que após o Crash de 83, os consumidores tinham perdido a vontade de jogar em consoles pela má qualidade dos games.

Foi aí que a Nintendo cumpriu três passos para transformar o Famicom em um console de sucesso nos Estados Unidos. O primeiro foi mudar o nome e design do console, que deixou de ter a aparência de brinquedo para se tornar um produto mais “High-Tech”, e de Family Computer passou a se chamar NES, uma sigla para “Nintendo Entertainment System” (Sistema de Entretenimento Nintendo).


O segundo foi a inclusão de periféricos, o console vinha com um robô chamado “R.O.B.” e uma pistola de nome “Zapper”, ambos serviam para jogar jogos específicos. E o 3º foi incluir um jogo na própria caixa do console, que no caso era o Super Mario Bros., desenvolvido pelo Miyamoto especialmente para a entrada no ocidente.




Com isso, apesar de toda a dificuldade, o NES chamou muita atenção e atraiu não só os gamers, como também pessoas que buscavam um tipo de entretenimento caseiro alternativo. O sucesso de Super Mario Bros. fez a Nintendo adotar o Mario como mascote da empresa, gerando assim outras duas continuações para o game, sendo que a primeira foi a mais vendida, não só da série, mais do console, pois vendeu cerca de 40 milhões de unidades, algo que já é absurdo para hoje e nos anos 80 era ainda mais impressionante.




Com o tempo a Nintendo foi lançando vários outros jogos de sucesso, e quase todos com a produção de Miyamoto, como The Legend of Zelda, Metroid e Excite Bike, trazendo assim uma maior popularização do NES, o que trazia de volta a atenção das Third-Parties (empresas que fazem jogos para uma plataforma ser serem pagas para isso), que em sua maioria estavam na área dos fliperamas, a fazerem jogos para o NES, trazendo assim franquias de renome, como Contra, Megaman, Castlevania e Final Fantasy.



Para impedir o fracasso que houve em 1983 com a enxurrada de jogos ruins, criou o “Selo de Qualidade Nintendo”, um selo que a própria Nintendo dava a jogos que passavam pelo seu teste de qualidade, ou seja, jogos ruins não tinham esse selo, e, por isso não vendiam muito, motivando, assim, a uma produção de jogos com qualidade.



Sabendo que todo esse sucesso motivaria outras empresas a criarem seus próprios consoles, a Nintendo fechou acordo com todas as Third-Parties de mais sucesso para que elas virassem Second-Parties, ou seja, lançassem seus jogos exclusivamente para seus consoles, como a Capcom e a Konami.

E com isso o mercado foi ressuscitado pela Nintendo, e, principalmente pelo deus dos games, Shigeru Miyamoto.


“Eu gosto de criar tendências, não segui-las” (Shigeru Miyamoto)



Tchau galeraaaaaa!!!!

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

A História dos Consoles de Mesa #8 - O Crash de 83

Iaaaaaaêêêêê galeraaaaa!!! Não tenho o que falar aqui, então fiquem aí com esse capítulo!!!
Capítulo anterior: A História dos Consoles de Mesa #7 - O Grande Boom da 2ª Geração de Consoles

O Crash de 83


Com o Atari e seus clones a indústria de games tornava-se cada vez mais rentável, atraindo diversas empresas para investirem nela, porém tinham um total descaso com a comunidade gamer, pois achavam que qualquer jogo, sendo ele bom, ruim, original ou até uma cópia, venderia o suficiente para lucrarem.





"Quando todas essas empresas viram que tinha um mercado para vídeo games, elas simplesmente inundaram o mercado com muitos jogos. Haviam algumas empresas que realmente queriam mostrar que tinham jogos excepcionais, mas depois, pra cada jogo incrível, haviam 100 jogos muito ruins." (Craig Harris, aos 33:00 minutos em Vídeo Game – O Filme, 2014).





Com todos esses jogos ruins a indústria começou a ficar saturada. Ninguém mais queria comprar jogos, pois sabiam que havia uma grande chance de não gostarem deles. O ápice de tudo isso foi em 1983, quando a Atari, após ver o sucesso que o filme “E.T. o Extraterrestre” fez, fechou um contrato com a Universal Studios para ter o direito de produzir um jogo do filme e lança-lo no natal, aproveitando-se assim do sucesso do filme e da oportunidade de vender o jogo como presente.





O único porém era que haviam somente cinco semanas para produzirem o jogo, o que levou em um fracasso total, o game era tão ruim que muitos o consideraram como impossível de se jogar. A Atari, porém, não se importava com as críticas e produzia mais e mais cartuchos do jogo. Tudo isso resultou num prejuízo gigantesco não só para a Atari, mas também para toda a indústria dos games. Foi aí que a Atari coletou todos os cartuchos possíveis de E.T. e outros jogos sem sucesso e os enterrou no deserto do Novo México, nos Estados Unidos, alegando que eram cartuchos defeituosos, coisa que foi desmentida alguns anos depois pela própria empresa.


Assim, todas as empresas que produziam jogos para Atari na época faliram ou focaram em outra área, que em sua maioria eram os fliperamas ou a informática, o que marcava no final de 1983 o grande Crash da indústria dos games, que morria ali mesmo.

Tchau galeraaaaa!!!

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

A História dos Consoles de Mesa #7 - O Grande Boom da 2ª Geração de Consoles

Iaaaaaêêêêê galeraaaaa!!!! Desta vez sem atrasos!!! Fiquem aí com o 7º capítulo da série!!
Capítulo anterior: A História dos Consoles de Mesa #6 - O Nascer de uma Gigante

O Grande Boom da 2ª Geração de Consoles

A 2ª Geração foi marcada pelo surgimento de vídeo games com microprocessadores, os quais permitiam melhores jogos no mercado. Ela começou em 1976 e terminou em 1983.



Em 1976 foi lançado o Fairchild Channel F pela Fairchild Semicondutor, o primeiro vídeo game da 2ª Geração, e o que trouxe o conceito que leva-se até hoje de que os consoles são plataformas para os jogos, ou seja, você compra ele para rodar os jogos e depois compra os jogos separadamente, abrindo, assim, portas para empresas que produziam arcades para fliperamas produzirem jogos para consoles.


O Fairchild Channel F fez um tremendo sucesso em seu lançamento, pois era bastante inovador, tanto pela forma de se jogar (comprando cartuchos), quanto pelos seus gráficos (imagem do jogo) serem muito mais avançados em relação às concorrentes, pois além de permitirem uma quantidade maior de pixels na tela, tinha jogos com cores.

Porém o sucesso de Fairchild durou apenas um ano, pois em 1977 a Atari lançou a Atari 2600, o qual também usava o sistema de cartuchos da Fairchild, porém tinha um melhor processador e carregava o nome da marca Atari. E assim, mais uma vez, inicia-se uma febre no mundo dos vídeo games, mas desta vez uma febre de jogos de consoles.

O Atari 2600 vendeu 30 milhões de unidades, um absurdo para a época, e com um público gigante e uma facilidade para criar jogos vieram milhares de games, porém, todos para a plataforma do Atari 2600. E como seriam poucas as empresas que produziriam jogos para outras plataformas, foram feitos consoles clones do Atari 2600, os quais rodavam os mesmos jogos com os mesmos processadores, mas tinham uma “casca” diferente.

Como o Atari só foi lançado oficialmente no Brasil seis anos após o lançamento oficial nos Estados Unidos, os clones dominavam o mercado de consoles brasileiros. Os consoles clones do Atari 2600 brasileiros de maior sucesso foram o Dactar (lançado pela Sayfi Eletrônica, o primeiro clone brasileiro), o Dynacom (lançado pela própria Dynacom) e o CCE Supergame VG-2800 (lançado pela CCE, o mais famoso).

Tchau galeraaaaa!!!

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

A História dos Consoles de Mesa #6 - O Nascer de uma Gigante

Iaaaaêêêêê galeraaaaaaa!!! Segunda postagem de hoje, então vamos lá!!!

O Nascer de uma Gigante


Em 1962, no mesmo ano em que Spacewar! foi lançado, Nolan Bushnell, um engenheiro eletricista, conheceu-o e viciou-se no game, e, dois anos após a sua graduação, em 1970 tentou criar uma versão mais simples do Spacewar!, o “Computer Space” para vender para fliperamas, e em 1971 ele vendeu o projeto para Bill Nutting, dono da Nutting Associates, o qual o contratou para gerenciar a produção do Computer Space.


Computer Space





No final de 1971 o jogo foi lançado, porém teve um fracasso em suas vendas, estima-se que foram vendidas entre 500 e 1500 unidades. Mas isso não desapontou Nolan, que saiu da empresa e, junto ao seu amigo Ted Dabney, criaram uma empresa da qual chamariam de Syzygy, porém, como o nome já estava sendo utilizado por outra marca, mudaram para Atari.








A primeira criação da Atari foi o Pong, desenvolvido pelo engenheiro Al Alcorn com a ajuda de Nolan e inspirados no jogo de Tennis do Odyssey. O jogo era bem semelhante ao Tennis, dois retângulos, um de cada lado, rebatiam uma bola, e a cada vez que ela chegava à linha extrema do lado do adversário marcava-se um ponto.

A Atari construiu o jogo em forma de caixa, onde você tinha uma tela com o jogo e os controles logo abaixo, onde jogavam dois jogadores.



Um protótipo do game foi deixado num simples bar da Califórnia nos Estados Unidos, e em três dias Nolan recebeu uma ligação do dono do bar dizendo que a maquina estava com defeito. Chegando lá, ele descobriu que o problema da máquina não estava nos circuitos ou nada do tipo, e sim na entrada de moedas, pois haviam jogado tanto, que encheram a máquina com moedas.



Ciente do sucesso que o Pong teria, a Atari começou a vender o jogo para vários estabelecimentos, gerando assim, a “Febre do Pong”, a qual era caracterizada pelos lançamentos do console de mesa do Pong da Atari , o qual era o verdadeiro Pong e vários clones dessa versão, como o Coleco Telstar (lançado em 1976 pela Coleco, foi o que mais fez sucesso pelo seu baixo preço de US$ 50,00), Telejogo (lançado em 1977 pela Philips no Brasil) e o Color TV Game 6 (lançado em 1977 pela Nintendo, uma produtora de cartas japonesa que mais tarde faria muito sucesso).




Tchau!!!

A História dos Consoles de Mesa #5 - O Início da Parceria Cosole-TV

Iaaaaaêêêê galeraaaaa!!! Infelizmente atrasei de novo, pelo menos não foi culpa minha e sim de um probleminha que tive com a internet daqui de casa. Então vamos lá que tenho dois capítulos pra postar hoje!!

Ah, capítulo anterior: A História dos Consoles de Mesa #4 - A Primeira Evolução dos Games

O Início da Parceria Cosole-TV

Em 1972, o engenheiro alemão Ralph Baer, lançou o primeiro vídeo game que funcionava com uma TV, o Magnavox Odyssey. Ralph Baer dizia que a TV tinha poucos e péssimos canais, então, com o intuito de criar um meio de entretenimento alternativo, fechou um acordo com a Magnavox, uma fabricante de TVs, e lançou no mercado.

O Magnavox Odyssey não fez muito sucesso devido ao seu marketing, pois dizia-se que o cosole só funcionava em televisores da Maganavox, o que era mentira, e acabou afastando muitos interessados no vídeo game pelo preço que sairia comprar o console e uma TV.


O jogo era muito simples, consistia em três quadrados na tela, dos quais dois eram os jogadores e um, a bola (que ironicamente era quadrada). Para ilustrar um pouco a jogatina, o console vinha com “papéis” que você grudava na televisão para passar a impressão de um cenário no qual o jogo ocorre.


E esse foi o início da 1ª Geração de Vídeo Games.



Comercial do Magnavox Odyssey:


Tchau galeraaaa!!!

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

A História dos Consoles de Mesa #4 - A Primeira Evolução dos Games

Iaaaaaêêêê galeraaaaaaa!!! 4º capítulo já!!! Bom, não vou enrolar, aqui está o capítulo anterior: A História dos Consoles de Mesa #3

A Primeira Evolução dos Games



Quatro anos após o Tennis For Two ter sido criado, em 1962, o cientista da computação Steve Russel junto a alguns amigos alteraram um computador modelo PDP-1 que tinha as simples funções de digitar e calcular, e, movidos pela Guerra Fria e o auge da corrida espacial, criaram o “Spacewar!” (Guerra Espacial).


PDP-1


O jogo era bem mais avançado em comparação ao Tennis For Two, pois agora os dois jogadores controlavam naves espaciais com o objetivo de destruir um ao outro.

Spacewar! fez um grande sucesso, pois o PDP-1 era um computador muito utilizado, e as pessoas que o tinham, pediam ao Steve para modifica-lo e transformar em mais um jogo.

Spacewar!
O sucesso foi tanto que em 19 de outubro de 1972 houve o primeiro campeonato de vídeo game da história, que utilizava uma variação do Spacewar, o Twin Galaxies (Galáxias Gêmeas). Os vencedores foram: Bruce Baumgart e Slim Tovar.






Bom, é isso galera, tchau!!!